11/11/10

maniche ribeiro

demorei algum tempo porque deixei os óculos no armazém da polícia quando lá fui buscar o computador que me roubaram na semana passada mas não posso deixar de utilizar este espaço para alardear o meu direito à indignação pelo homicídio de carácter que estão a fazer a maniche ribeiro depois da sua injusta expulsão no jogo derradeiro de futebol.
e porque eu sei que há gente que não sabe que ao ultrajear maniche ribeiro está a ultrajear um homem de qualidades humanas apenas comparáveis, a nível nacional, vá, a aristides sousa nunes, um homem de família e amigo do seu amigo, vou alardear o meu d. à indignação através de uma história apaixonante, recheada de detalhes com fotografias e que vai desde o particípio passado até aos dias de hoje.

resolvi chamar a esta história de maniche ribeiro simplesmente ...






..."MANICHE."










filho mais velho de carlos ribeiro e cristina ribeiro, maniche ribeiro nasceu em 1978 numa pequena localidade marcada pelo desemprego denominada sítio do cavelo, a alguns quilómetros de sernache, no distrito de castelo branco.






seus pais, um pintor civil e uma alternadeira, eram um casal de fibra, de honestidade e sabedoria que sempre primou pela educação do filho.  maniche ribeiro desde muito cedo se habituou ao trabalho, que intercalava com a escola conseguindo um brilhantismo idêntico na matemática e na apanha da cereja.








testemunham os vizinhos que os ribeiro eram uma família feliz até ao nascimento de jorge, irmão mais novo de maniche ribeiro. desde o dia em que saiu do útro da mãe, jorge sempre revelara dificuldades mentais enormes. começou a falar por volta dos quatro anos, e mesmo assim só sabia dizer pão.








foi em setembro de 1985 que os ribeiros decidem emigrar para a frança, para amealhar dinheiro para pagar uma operação ao jorge.








maniche ribeiro, que dera os primeiros toques no vitória de cernache, ingressou como juvenil no sarrians f.c. o pai, carlos, abriu um café com o dinheiro que a mãe angariava naquilo.










jorge já não dizia apenas pão. conseguia também dizer pan com uma clareza impressionante.  começara a imitar omnívoros invertebrados, como o pintainho, e era a alegria da casa. nunca os ribeiro foram tão felizes como naquela altura.







talvez não se tenham apercebido, mas a felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento ou satisfação até a alegria intensa ou júbilo. a felicidade tem ainda o significado de bem-estar ou paz interna. o oposto da felicidade é a tristeza, que era o que viria a seguir para os ribeiro.

foi um arroz feito à pressa o leitmotiv para a desestruturação dos ribeiros. carlos ribeiro não aguenta mais, coloca-se no álcool e o sexo no casal torna-se violento assim de um dia para o outro.


 
 
 





a securrité sociale de sarrians retira os filhos do casal. é preciso contextualizar: o governo de jean louis baptiste acabara de chegar ao poder, o povo exigia-lhe intransigência total com os estrangeiros, depois do caso de mamadou madou que, cheio de ódio preto, executou em nice seis pessoas boas e francesas que estavam num renault a comer cacetinhos.







tolerência zero, as crianças são expatriadas, e, posteriormente repatriadas para portugal e colocadas numa conhecida rede têxtil de trabalho infantil do vale de cambra. é ali que conhecem raspar gamos (nome fictício) que os leva para o benfica a troco de quatro casacos de bom tweed.








o resto já é conhecido. maniche ribeiro foge enquanto pode para o porto.








e daí para o dínamo de moscovo.







segue-se o chelsea







e o atlético de madrid.








e o inter de milano.








e o colónia.







e o sporting e para o ano o regresso ao vitória de cernache. o bom filho a casa retoma.


quanto a jorge, continua a imitar pintainhos. tem um sonho mas não se lembra bem depois quando acorda.

















FIM