na vida de um homem não há dois momentos de prazer parecidos, tal como não há duas folhas na mesma árvore exactamente iguais. muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las. em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos.
é com a história de um homem assim, dono do seu próprio destino e que ousou compreender que o mundo não tem árvores iguais, que inauguramos uma série de biografias neste espaço.
I
ronald schrarzennegger era um filho de nazis austríacos pobrezinhos que o baptizaram assim devido ao estádio que havia na áustria com o mesmo nome e que ficava a duas ruas da casa onde nasceu. começou cedo no fisiculturismo e depressa alcançou o título de mister universo, calcula-se que em representação do planeta terra, numa edição dramática em que lhe faltou o óleo de barrar na meia-final..
arnald foi para os estados unidos prosseguir estudos em restling, conheceu uma cabeleireira lá, mostrou-lhe a pila e casaram. uma pila anabolizada tinha muito valor, na altura. era muito rara.
o seu primeiro papel no cinema foi no filme hércules em nova york, no qual desempenha com brilhantismo o papel de hércules. roland ainda não sabia falar inglês e a voz teve de ser dobrada, uma humilhação que quase o deitou abaixo. nesta fase passava os dias fechado em casa a chutar esteróides na pila.
quando tudo parecia perdido, um golpe de sorte atira-o de novo para a ribalta: um convite de robert altman para um papel de destaque em the long goodbye. arnand recuperou a auto-estima e atirou-se ao trabalho. o seu desempenho no papel de boris, um surdo-mudo com rigidez muscular, comove a academia ao ponto de o convidarem a estar presente na cerimónia de entrega dos óscares.
reiland assistiu à cerimónia e, como uma revelação, apercebeu-se que o óscar era o seu trenó (não sei se a audiência está preparada para metáforas deste calibre: (oscar+-=orson). iria consegui-lo ou rebentaria a pichota à seringada.
runald era agora obssessivo. um terceiro lugar no casting para a série de televisão hulk, o incrível, quase deitava tudo a perder. as dores na picha era agora quase insuportáveis. sem dinheiro para comprar anabolizantes, arnuld injectava-se com fermento, um substituto menos eficaz mas assaz mais doloroso.
foi neste delicado ponto de instabilidade que lhe chegou o convite para o papel de conan, no filme conan, o bárbaro. roland sabia que estava num ponto de não retorno, apelou às suas raízes nacional socialistas e deitou mãos ao trabalho. não sabemos até que ponto a realidade se confunde com a ficção mas existem relatos que testemunham que arneld, no espaço de uma semana traduziu o argumento de conan, do inglês para um dialecto que inventou, o conês, muito complexo e com vocábulos sempre diferentes. o realizador adorou. a lenda começava a nascer.
a conan, o bárbaro seguiram-se:
conan, o destruidor;
conan, o exterminador;
conan, o predador;
conan, o impalador;
conan, o extintor; este o último capítulo da saga, que, num registo mais dramático, termina com conan a extinguir todas as formas de vida e a falar conês sozinho. uma apoteose que levou às lágrimas gerações de espectadores.a vida corria-lhe definitivamente bem e, nesta altura, arlond apaixonou-se pelo rio de janeiro, num carnaval . a partir daí, ia ao rio papar garotas do rio como quem vai ao supermercado comprar manteiga.
fim do 1º capítulo
na próxima edição desta biografia falaremos de ronald na actualidade, dos êxitos cinematográficos(kindergarten conan - conan no jardim escola, porventura o maior) à atribulada vida política e social (é actualmente governador da califórnia) e experiência no mundo da música (escreveu viva la vida loca para o seu amigo ricky martin).
um valente obrigado à bluesy traveler . sem ela este estudo não seria possível .