23/02/10

ártic-grafic poetry, here i am.

ponto prévio:

o poeta pode admirar o seu umbigo, pode escrever sob estado de possessão, privilegiar a experiência como pessoal, entregar pois o poema como testemunho do que viveu e não como um trabalho artesanal e impessoal sobre uma certa materialidade. mas não abdica e muito menos abjura do espírito crítico. e eu não só vou aqui revelar o meu primeiro poema, (que se me revelou quando estava aqui no computador, a estudar para um curso) como também faço já ali a seguir a crítica, que é positiva porque o poema é bom, artic-gráfic de uma forma geral:


maya gates sodomized in the garage
la femme pendant le menage
trinity milf loves the massage



real homemade amateur facial
extreme black whore anal
fat girl uses the vegetal



two girls in glasses suck a black
group cumming on wifes back
french lesbians in the bath



hot bulgarian in the motel
joyce come na buceta.




então o meu  poema artic-grafic tem elementos métricos muito fonológicos e acho que a estílistica casa muito bem com a semântica. filo e compulo em estilo pinheiro-invertido, onde a quarta estrofe, a epilogar, é  o vaso.
foi o inaugurar de uma estética , que o pessoal que só faz quadrados precisa de acordar. o conteúdo, o suco, é suficientemente intratextual para vocês.  optei, como um verdadeiro polemista, por um antíclimax que, aparentemente humilde, corta violentamente com as rimas precisas das três primeiras estrofes. era para ser um soco no estômago. acho que ficou agradável.