09/02/11

análise comparativa em quatro capítulos e um epílo

aviso: este post é grande e é sobre o fenómeno futebol. se for senhora, poderá entreter-se mais se calhar antes aqui.



pode um clube ter dois dos mais cotados directores desportivos da europa? pode. mas é muito caro. quando a vaga de fundo eleger o próximo presidente do sporting clube, escolher qual director desportivo permanece pode revelar-se uma opção mais difícil do que escolher uma dedetizadora, a título de exemplo.

como ser individual que respira sporting, deixo o meu contributo na forma de uma análise fria e puramente factual de alguns capítulos que compõem esses dois grandes livros (não são mesmo livros, é uma metáfora para grandes pessoas e amigas, porque um livro é um amigo, e ensina-nos muito, tal como as pessoas) que são francisco costa "costinha e josé paulo "couceiro". objectivo: que cada uma das vagas de fundo que se candidata possa escolher o seu manageman.




CAP I
"DIZ-ME DE ONDE É QUE ÉS, DIR-TE-HEI QUEM É QUE ÉS"
epispola de são paulo ao corinthians.




francisco costa "costinha" é originário de famílias pobres da região do seixal, filho de uma sopeira retornada que andava sempre com a blusa desabotoada e de um comediante analfabeto branco de braga que foi cedo para angola e re-retornou com a mulher.
francisco foi concebido no lubango mas nasceu já em solo lusitano, num  3º andar de um prédio de habitação social daquele concelho à beira rio. francisco foi vítima dos seus vizinhos, maioritariamente da raça branca, para quem  a assimilação e o multiculturalismo se resumiam a apanhar pretos para lhes arrear com tubos das obras.







josé paulo "couceiro" nasceu em berço de classe média em 1948 no dafundo, filho de um pai vitaliciamente alcoolizado e de uma mãe doente.  embora só tenha aprendido a falar depois dos três anos, josé começou logo a dar os primeiros pontapés na bola aos doze anos (viria a ser jogador do saudoso alverca, de mantorras e cávem). ainda vive com os seus pais na mesma casa onde nasceu. todas as manhãs vai ao pão e ao vinho e antes de ir trabalhar continua a mudar a mãe de posição, por causa das escaras.





CAP II

"DIZ-ME QUE GESTO É QUE FAZES, DIR-TE-HEI QUE O GESTO É TUDO
carta de ben-hur aos filisteus


já pensou que, se alguém está em janeiro na paragem de autocarro às sete da manhã e começar a tremer o queixo, isso pode ser um sinal de frio? a semiótica da comunicação gestual explica estes fenómenos e hoje em dia os próprios gerentes de recursos humanos das grandes empresas baseiam-se nesta disciplina para seriar os seus candidatos.

assim por curiosidade, posso apresentar a tabela cronológica científica dos métodos de recrutamento empresarial através dos tempos:

sécs XVIII e XIIXV: não se escolhiam pessoas, eram as que apareciam e depois não se pagava, davam-se couves..


desde aí até 1984: eram favores a familiares e isso, estilo os partidos, mas dantes.


de 1984 a 2006: selecção do trabalhador por back office (tomás t., 1984)


de 2006 até um pouco mais: contratação de profissionais por curríccullum e competência demonstrada.


nos dias de hoje: semiótica gestual - método de análise direccional do dedo indicador de klaus miranda.


vamos analisar estes special twos pelo paradigma actual de k. miranda:




atentemos no francisco: o indicador está claramente projectado para fora, o que pode significar ansiedade, insegurança e uma necessidade doentia de agradar ao outro. o ser humano é ansioso quando há algo em seu coração que ele quer ou teme e duvida que este algo irá acontecer ou tem medo que venha a acontecer.

















no caso do josé, estamos perante um exemplo feliz de self pointness. segundo miranda, o self-pointner é um indíviduo com um auto-conceito invulgarmente elevado. estas pessoas, nalgumas ocasiões, são verdadeiros vibradores para as outras, de tanta inspiração lhes provocarem. todos os profetas eram selfpointners. o josé é uma pessoa ao mesmo tempo muito dada. aqui vemo-lo a meditar sobre a fraca selfpointness do james gandolfini:













CAP III
"DIZ-ME COM QUEM É QUE ANDAS QUE EU DIGO-TE AS TUAS COMPANHIAS"
rosa, a mulher do ladrão mau (o à direita da cruz)


uma análise ao círculo de relação e aos melhores amigos de cada um pode ser um factor decisivo, mas aqui é empate porque eles dão-se basicamente com a mesma malta.
















CAP IIII
"POIS JÁ NÃO USUFRUTASTES TÚ DE COISAS A MAIS PARA O TEU ÁMEN, HOMEM?"
judas iscariotes



a ostentação, a vanglória, a exibição vaidosa, o alarde, o aparato e a pompa idiota são traços comuns dos individuos de etnia africana de segunda geração em portugal. digo isto mais numa perspectiva sociológica do que outra coisa, só para enquadrar os nossos objectos de análise neste tema tão importante como é a posse de bens e tecnologias

óculos ray-ban aviator golden classic; pólo marco bellinni em cotton azul light; casaco tweed graham' taylleur, relógio tissot que vai ao fundo até duzentos metros e dois telemóveis topo de gama com escrita inteligente, sistema a que o francisco, como é seu timbre, se dedicará de alma e coração até o dominar por completo). 









um walkman X-20 da sony, gravata modalfa, camisa triple marfel e casaco da boutique do tina.









este carro não é dele. os pretos e as fotografias é isto. antigamente a gente ia lá buscar ouro e dávamos-lhes espelhos e bugigangas. agotra vêem um carro e metem-se logo de perninha alçada. o pior é se vem aí um cão, que os individuos de etnia africana têm medo dos cães.







aqui é um fato-treino legea de algodão.






EPÍLO

já é tarde e agora que já só estamos aqui homens a ler isto, posso-vos dizer que amanhã concluo esta análise comparativa com o capítulo que mais gostam e que andaram este tempo todo à espera. prometo contar-vos pormenores picantes sobre a relação de "amizade" do josé "couceiro" com o carlos manuel e confirmar se é mesmo verdade aquilo do francisco costa "costinha" da cintura para baixo ser só mulatinho.