17/07/10

esconas

ESCONAS





faço versos porque já comi

tanto e tantas vezes

mas não encontro o cominho em casa

aonde era mesmo que ele estava?

por acaso tens um lenço?

no espaço em brinco longe dos refegos

fluído-me

há uma cura para o tio – e a tia está com o cio?

tinha as botas ao sol – ainda tenho pus?

há um lugar onde as aldas se montam

os copos são fracos

de vir - não eram putas

de burro?

há já nelas que a nuca se abria

concertinas transparentes

o lento - nunca mais chega o lento?

fodia a ouvir teu escopro

ao menos uma curta eu poderia ter querido

na próxima escona quem sabe

para a próxima peço.