ESCONAS
faço versos porque já comi
tanto e tantas vezes
mas não encontro o cominho em casa
aonde era mesmo que ele estava?
por acaso tens um lenço?
no espaço em brinco longe dos refegos
fluído-me
há uma cura para o tio – e a tia está com o cio?
tinha as botas ao sol – ainda tenho pus?
há um lugar onde as aldas se montam
os copos são fracos
de vir - não eram putas
de burro?
há já nelas que a nuca se abria
concertinas transparentes
o lento - nunca mais chega o lento?
fodia a ouvir teu escopro
ao menos uma curta eu poderia ter querido
na próxima escona quem sabe
para a próxima peço.