10/02/10

portugal, um diagnóstico social

em jeito de confissão, tenho gasto o pouco tempo livre que me dão a abordar os relatórios da organisation de coopération et de développement économiques, ocde, e a aprender francês em cassete audio.
e ando a lê-lo a ele, ao relatório, com olhos de ver, donc la conclusion é que portugal anda a perder terreno para os países em vias de desenvolvimento e, sourtout, para os países emergentes do bric, brasil, rússia, índia e china, que emergem, coincidentemente ou talvez não, imediatamente após a abertura de restaurantes brasileiros, russos, índianos e chineses, respectivamente ou talvez não, em todos os países desemergentes do brac, no qual o nosso se inclui com orgulho.
a nossa incapacidade de inverter uma tendência que já vem de mil seiscentos e quarenta não tem uma só explicação, isso ia contra a perspectiva holística que gosto de ter sobre todas as coisas, sejam elas os supramencionados relatórios ou qualquer amatrice salope qui aime le sperme.
 numa perspectiva multidimensional, diria que as causas são várias, mas correlacionam-se no mesmo efeito: não a propalada grecialização de portugal, mas, point de non retour, uma extremamente fodida senegalização do país de todos nós, que eu ainda amo, honestamente e de verdade.
e porque chega de abstracção, vamos aos indcadores, pois são eles que vos traduzem quantitativamente (titati) o meu discurso:


aumento da criminalidade violenta;





idosos entregues a si próprios;





elevado consumo de álcool per capita;






disfuncionalidade da instituição família ;





taxa de desemprego agravada;







emigração ilegal;








fraude económica;








prostituição juvenil e pedofilia;









pouca escolaridade e fraca mobilização para a cultura;








crescente influência do crime organizado em certas áreas;










consciência ecológica pouco desenvolvida;








aumento substancial no consumo de drogas;










baixa literacia;









colapso do sistema de saúde;










perda ou enviesamento do poder de compra;









alienação da sociedade/lack of realism;







alimentação inadequada e obesidade;








sistema de justiça enfraquecido;








graves lacunas no exercício de cidadania;








défice democrático na comunicação social;









fraca qualidade das exportações;




longe de mim querer estar para aqui a apontar culpados, nem é esse o objectivo. o dever cívico e um amor à pátria ainda maior que o do pedro mota soares conduzem-me a sentir que não podia, assim por exemplo, degradar-me todo neste carnaval sem deixar o alerta às gerações vindoiras. e pensar que ainda há gentinha que acha que isto se compunha com um orçamento de estado diferente. ignoram a estruturância dos problemas é o que é. cê çá.